2009-09-25



Camarilla tem como objetivo de manter a sociedade vampírica a salvo de qualquer perigo, impondo assim as seis Tradições, que são a legislação universal da seita. Espera-se que todos os neófitos da Camarilla aprendam e entendam as Tradições. A ignorância não é desculpa quando se trata da infração de um de seus preceitos. As leis são absolutas, qualquer violação tratada com uma retribuição rápida e severa. Ela vê a si mesmo como a verdadeira sociedade dos Membros e está parcialmente correta.

Verdadeiramente, a Camarilla se assegura de que todos os vampiros se encontrem sob a sua égide. Sob sua liderança de ferro, a Tradição da Máscara evoluiu de uma sugestão cautelosa para o princípio condutor da sobrevivência dos Membros. A Máscara definia duas premissas, cada qual com uma determinada quantidade de contingências e objetivos menores. Seria exigido cuidado e uma circunspeção razoável de todos os Membros da Família Não podíamos permitir que nada ameaçasse a continuidade de nossa existência; qualquer indivíduo que quebrasse o sigilo sobre ela seria banido e caçado como um perigo para todos


A Camarilla é uma afiliação liberal de vampiros. Os Membros não têm leis, apenas Tradições. De fato, para uma seita que dá tanta importância às tradições e histórias, a Camarilla tem poucas condutas obrigatórias, A maioria delas é abrangida pelas Seis Tradições; os restantes fazem parte do bom senso. Fora isso, os Membros fazem o que querem, dentro de alguns li,itens estabelecidos pelos príncipes locais.


O regime da Camarilla é teoricamente o regime dos príncipes. Embora a seita alegue que os vampiros de todo o mundo estão dentro da sua esfera de ação, existem regiões onde o Sabá tem influência quase que total. Além disso, uma vez que a Camarilla não possui um governo centralizado (a não ser pelo Círculo Interno que se reúne esporadicamente e um pelotão móvel de Justicar) a atitude da seita em relação aos seus territórios só pode ser descrita como laissez-faire. Na verdade, muitos anciões dizem, as portas fechadas, que a falta de uma autoridade central na Camarilla é benéfica. Da forma que se encontra, a Camarilla governa com um punho leve e um olho atento na prevenção de desastres, sem criar regulamentos rígidos.

O comércio e as viagens entre as cidades da Camarilla é ativo, embora o primeiro seja normalmente tratado por lacaios mortais. Viagens através de regiões infestadas de Lupinos ou pelo Sabá, são muito difíceis e perigosas, forçando muito vampiros a permanecer séculos em uma mesma metrópole. Os que gostam de peregrinar tem que aprender rápido algumas habilidades de sobrevivência ou em poucos anos encontrarão a Morte Final. Nenhuma restrição legal é imposta sobre tais viagens, exceto pela Tradição da Hospitalidade, permitindo que os Membros aptos desfrutem serenamente dessa atividade.

A Camarilla não possui nenhum exército permanente, exceto pelos quadros de Justicar, Arcontes e Alastores, cujo trabalho mais se assemelha ao de espionagem e Serviço Secreto. Cada cidade é responsável por suas próprias defesas, recrutando membros da sua população, para proteger suas fronteiras e territórios. Ocasionalmente uma cidade "empresta" forças para a outra, mas tais manobras são raras, uma vez que a cidade que emprestou a sua força, foi severamente atacada. Socialmente a Camarilla é uma comunidade excessivamente educada, depois da proibição e do controle de derramamento de sangue, ela não podia deixar de ser. Uma das mais altas aspirações dos Membros da Camarilla é dominar a arte do comportamento acintoso praticando insultos, falsos elogios, hipocrisia e ataques à compostura de um vampiro.

Convenção dos Espinhos


As raízes da Camarilla datam desde o Renascimento. A Revolta Anarquista e a Inquisição foram períodos cruciais para Membros. Estavam assustados, pois a classe estava sendo dizimada pelos dois lados da moeda. Por um lado sendo levados à fogueira, por outro sendo diablerizado pelas suas crias iradas por terem sido jogado pelos seus próprios senhores à Igreja. Ouviram falar da destruição de Membros poderosos como o Antediluviano Lasombra e Tzimisce, que os rebeldes haviam descoberto um meio de quebrar o laço de sangue e que coordenaram ataque com os Assamitas, que achou uma boa oportunidade de cometer a tão assustada diablerie.


Em 1435, Hardestadt invocou uma convenção de anciões para lidar com esses problemas, propondo a formação de uma aliança entre os vampiros com o objetivo de lidar com os problemas que cruzassem as fronteiras estabelecidas entre clãs. Na década seguinte, esse grupo definiu sutilmente os ideais da seita em conselhos informais e encontros particulares. Em 1450, os fundadores da Camarilla haviam assegurado o apoio de um número suficiente de anciões europeus para começarem a afirmar sua autoridade. Começaram a ditar regras para os vampiros, tentando assim, proteger a todos.


O nome Camarilla, conferido a essa organização, originou-se das salas pequenas e secretas usadas para reuniões e esconderijo. Os grupos fizeram contato entre si; a adversidade unindo-os pela primeira vez. A sua primeira assembléia oficial aconteceu em 1486. Muitos preferiram não comparecer, mas está reunião concedeu a si mesma o poder de falar por todos os Membros existentes ou a serem ainda criados, e de impor leis para governar a todos. Os fundadores da Camarilla foram seus próprios legisladores. A primeira lei, e a mais sagrada é a Lei da Máscara, onde os vampiros logo teriam que aprender o valor do sigilo e da dissimulação. E em 1493 o poder centralizado da Camarilla parece ter sido a chave para a derrota dos anarquistas. Os líderes do movimento se renderam à seita após a Convenção dos Espinhos, trazendo a maioria dos anarquista para a seita. Foi o nascimento daquilo que podemos chamar de uma Sociedade Vampírica.


Os horrores das décadas anteriores os haviam ensinado a necessidade da circunspeção e mostrado o quanto eram vulneráveis. Era vital, portanto, que o mundo daqueles que respiram ficasse convencido de que os últimos desses sanguessugas haviam sido mortos, ou melhor, ainda, que jamais haviam existido. Se quisessem sobreviver, precisariam enfrentar organização com organização e causa com causa. Ainda era preciso tomar providências efetivas para alterar a postura da sociedade mortal, e afastar das mentes os pensamentos supersticiosos. Vários Membros da Família haviam-se tornado eruditos para suportar o passar das décadas de solidão e, desse modo, acumulando muitas descobertas; decidiu-se então tornar os conhecimentos em diversas disciplinas nos campos da alquimia, literatura, arte, geografia, cosmologia. "Und so weiter", acessíveis aos Taggänger.


Com tantas descobertas novas a atrair sua atenção, os mortais perderam sua obsessão em caçar vampiros. Um pouco mais tarde - principalmente devido a uma aliança com Matusaléns franceses -, foram influenciadas filosofias materiais e políticas. A ciência dera luz à Razão, e a Razão negava os vampiros. Durante os séculos seguintes fomos capazes de esmagar a superstição, quase completamente. Ninguém, com algum grau de educação acreditava mais que algum dia tivéssemos existido. Nossas intenções prosseguiram ao longo das décadas seguintes - uma guerra aqui, uma descoberta ali - tudo visando manter as mentes daqueles que respiram ocupadas e distante de nós. Pusemos nossa mão em alguns dos eventos mais importantes da História.


Contudo, não penses que toda vossa História foi forjada por nós. Marionetes não sois e jamais fostes. Marx pertencia à vossa espécie, e nenhum vampiro poderia ter formulado seus pensamentos. Algumas décadas depois ocorreram eventos monstruosos na Europa, mas ninguém da minha espécie esteve neles envolvido. Esses monstros pertenciam à vossa própria raça.


Não faz muito tempo, as mentes mortais voltaram-se mais uma vez para o misticismo - embora para a maior de todos os mistérios seja o apelo da música que nasceu nesses dias - e as superstições esboçaram um retorno. Divulgamos o conhecimento de determinadas substâncias químicas e, em sua maioria, as mentes inquisitivas foram distraídas ou silenciadas para sempre. Durante todo este século foram tomadas providências para preservar a imagem do vampiro nos entretenimentos populares, de modo que ficasse nítido que somos fictícios. Sempre que o misticismo dos mortais aumenta, a Camarilla esforça-se para sufocar essa tendência acionando todos os recursos disponíveis para a reativação da Máscara. A evidência disto pode ser constatada no materialismo que cerca os mortais hoje em dia.


O TRATADO DE TYRE
Hoje, nós anciões dos clãs Ventrue, Tremere, Toreador, Nosferatu, Gangrel, Brujah e Malkavian, nos reunimos aqui em nossa irmandade, com fé mutua na seita conhecida como Camarilla, como sendo o único e verdadeiro legado de Caim, para por um fim as praticas diabólicas dos rebeldes conhecidos como o Clã Assamita; assim sendo o chamado Clã Assamita deseja que a dita Camarilla mantenha firme este acordo e pare com suas investidas que estão levando o dito Clã à extinção. Então, ambas as partes concordaram com o acordo, assinaram e testemunharam em todas as nossas reuniões, que os Artigos seguintes estarão se referindo a toda a Progênie e Carniçais do Clã Assamita perpetuamente.


O Clã Assamita se absterá de se alimentar do Sangue de outros Membros, e por segurança deste Artigo, eles se submeterão a um ritual a ser administrado pelos Anciões do Clã Tremere, pelo qual será feito com que o sangue de outros membros seja letal para os Assamitas;


O Clã Assamita permanecerá pacificamente no território que lhes foi cedido pela Camarilla, o qual reivindica historicamente. Eles não buscarão expandir seus domínios, nem permitirão afrontas mortais em seus territórios e a áreas próximas. Eles não sairão, isoladamente ou em grupos para fora deste território, e nem seus Rebanhos ou Lacaios poderão sair deste território.


Os Príncipes da Camarilla têm o direito perpétuo de convocar uma Caçada de Sangue contra qualquer Assamita em território da Camarilla, e não precisará de nenhuma outra razão, além da condição do indivíduo pertencer ao Clã Assamita.


Serão desmanteladas as defesas do castelo de Alamut ao ponto em que o castelo não possa resistir a qualquer ataque da Camarilla. O Clã Assamita permitirá aos observadores da Camarilla verificar se este artigo esta sendo cumprido. Qualquer tentativa de fortificar Alamut, ou tentar estabelecer uma fortificação em outro local, seria romper este artigo e, portanto este tratado, e implicaria numa Caçada de Sangue contra os Assamitas.


A Camarilla firma aqui que irá cessar todas as ações e medidas que vinham sendo tomadas quanto aos Assamitas, e também não violará o território Assamita. Os Clãs da Camarilla afirmam que deixarão de contratar os membros do Clã Assamita como assassinos, e que os indivíduos que o fizerem perderam a proteção do Clã e estarão sujeitos à Caçada de Sangue. O Clã Assamita compromete-se de cessar toda e qualquer atividade de seus Membros como Assassinos para contratos.